Saiba quem se beneficia com a Lei Rouanet

Saiba quem se beneficia com a Lei Rouanet

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A Lei Federal de Incentivo à Cultura, que se popularizou pelo nome Lei Rouanet, foi sancionada em 1991 e facilitou o patrocínio de iniciativas culturais. No entanto, muitas dúvidas surgem sobre quem se beneficia com a Lei Rouanet.

Seja empresa ou pessoa física, seja espetáculo ou exposição, o fato é que os envolvidos, apoiadores ou patrocinadores do incentivo cultural podem fortalecer suas imagens e serem referência quando o assunto é responsabilidade social.

E, claro, quanto mais projetos culturais são financiados e beneficiados pela Lei Rouanet, mais cultura chega para a sociedade, que pode se aproximar de novas manifestações artísticas.

Siga a leitura para entender quem se beneficia com a Lei Rouanet e com o financiamento cultural que é movimentado a partir dela.

 

As empresas saem ganhando

Ao promover uma manifestação cultural pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, a empresa não colabora simplesmente com a difusão da arte no país.

Seja de grande, médio ou pequeno porte, a marca que opta por destinar até 4% do IR devido a essas doações ou patrocínios também contribui diretamente com o fortalecimento de sua imagem institucional.

Hoje, os consumidores estão se tornando mais conscientes quanto ao que consomem, e ganhar visibilidade por sua responsabilidade social é determinante para se manter em destaque diante dos concorrentes.

Com a concorrência no mercado cada dia mais acirrada, apoiar um projeto que dialogue com os valores da sua marca pode fazer a diferença na hora de conquistar as novas gerações que priorizam as questões sociais. 

Além de garantir isenção tributária, a empresa pode estreitar seu relacionamento com o nicho beneficiado e atrair um leque de novos clientes ao vincular sua imagem com o marketing cultural e com projetos de valor.

Com o custo que seria direcionado ao pagamento de impostos, uma marca pode fazer a diferença na vida da comunidade que a cerca e provar-se realmente sustentável. 

Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas divulgada em 2019, a cada R$ 1 investido e executado via Lei Rouanet, R$ 1,59 é gerado em retorno à economia local – ou seja, o retorno é 59% maior que o valor inicial. E a empresa que opta pelo incentivo é uma das responsáveis diretas por essa devolutiva.

Referência no marketing cultural, o Banco Itaú é um dos grandes exemplos quando o assunto é gerar experiências artísticas transformadoras através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Só em 2020, o banco patrocinou 116 projetos em 25 cidades de 13 estados do país.

As iniciativas são criteriosamente selecionadas por especialistas e lideranças do Itaú Cultural, organização interna que mapeia e incentiva manifestações artísticas, e do próprio Itaú. No site da empresa, é possível conferir todos os projetos já patrocinados ao longo dos anos.

Em outro post, nós apresentamos algumas das empresas que realizam patrocínios através da Lei Rouanet.

 

Os artistas não ficam para trás

Projetos que facilitam e aproximam a relação entre artista e financiador são muito mais do que bem-vindos, como é o caso da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A partir do momento em que o projeto do proponente é avaliado e aprovado pela comissão julgadora, os artistas, eventos e até instituições beneficiadas impulsionam seu trabalho e alcançam públicos cada vez maiores.

Com isso, o trabalho artístico do beneficiado recebe mais visibilidade e, consequentemente, incentiva outros interessados do meio a buscar o patrocínio através da Lei para fomentar suas produções.

Além disso, é importante ressaltar que todo artista pode ser aprovado pela Lei Rouanet, contanto que o projeto se encaixe nos critérios estabelecidos.

Ou seja, não importa o porte do evento ou do proponente – mas, sim, sua proposta!

 

Pessoas físicas também podem entrar na jogada

Nem só das doações e patrocínios de empresas vive a Lei Rouanet – pessoas físicas também são essenciais para o funcionamento da Lei e o financiamento dos projetos culturais.

O investidor se projeta individualmente e contribui de forma direta para a disseminação cultural na sua região, o que aumenta o seu círculo social e empresarial

Além disso, desde que se mantenha no limite de 6% do Imposto de Renda devido, o financiador pode ter 100% do valor da contribuição abatido. 

 

Mas como a sociedade se beneficia?

A cultura é um elemento essencial para a construção de uma comunidade social. Ela permite que a população se expresse sobre seus sentimentos e reflita sobre questões da sociedade.

Por isso, manifestações artísticas como exposições, peças de teatro e apresentações musicais cumprem exatamente esse papel para quem as consome.

Com o financiamento de projetos por pessoas físicas e jurídicas através da Lei Rouanet, cada vez mais experiências chegam a sociedade, que tem a chance de conhecer novas expressões culturais.

Além disso, a propagação da cultura e o investimento em seus projetos não só fortalece socioculturalmente uma comunidade como também movimenta renda e gera empregos para o setor. 

De acordo com a pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), a economia também é beneficiada, pois, só em 2021, o setor de cultura e entretenimento gerou 268 mil novas vagas de emprego, além de ser responsável por  4,52% do PIB total do país.

Assim, é possível pluralizar as vertentes artísticas de uma sociedade e potencializar o Patrimônio Cultural Brasileiro sem deixar a economia parar de girar.

 

A cultura transforma vidas

Estar ciente sobre quem se beneficia com a Lei Rouanet pode até parecer complicado, mas, na prática, é mais fácil do que se acredita. 

O enriquecimento cultural atinge todos que participam direta ou indiretamente da sua formação, e seu legado pode ser difundido para as próximas gerações da comunidade beneficiada. No fim das contas, quando uma manifestação cultural ganha vida e pode ser exposta para a sociedade, todos saem ganhando – empresas, artistas, instituições, cidadãos.

Conheça os benefícios de iniciar estratégias de marketing cultural na sua empresa.